Você, que ama tipografia, sabe suas principais características? Sabe quais influência pode ter?
Hoje quero falar sobre um dos assuntos que mais gosto em Design. Se você já leu a descrição sobre minha pessoa no final dos outros posts provavelmente já sabe sobre o que será o artigo de hoje. Isso mesmo, tipografia!
Porém como esse é um assunto um pouco denso e não quero cansá-los com um artigo interminável, vou dividir esse assunto em uma série de posts para poder cobrir o assunto com mais cuidado e não deixar nenhuma lacuna. Óbvio que vai ser impossível falar sobre tudo o que esse tema propõe, mas deixarei aqui pelo menos o básico para já facilitar caso queiram continuar estudando essa arte.
Então chega de enrolar e vamos lá!
Hoje quero começar apenas com um resumo sobre o que é tipografia, mas sem passar pela parte da invenção da prensa e tudo mais, quero ir direto ao ponto.
Como diria Robert Bringhurst, um dos tipógrafos mais bem conceituados:
“A tipografia é o ofício que dá forma visível e durável – e, portanto existência independente – à linguagem humana.“
Antique lead letterpress de Shutterstock
Os tipos, letras, números e símbolos não alfabéticos, estão presentes em toda parte, agora mesmo enquanto lê esse post, em quase aquilo tudo que compramos, nas páginas de livros e revistas, nas paredes, na rua, por todo lugar. E é trabalho da tipografia colocar ordem nessa bagunça toda, é ela quem vai ditar a forma e como devem se comportar os tipos.
Via de regra, e sempre há algumas exceções, a tipografia deve cumprir as seguintes tarefas:
Servindo ao leitor desta forma, a tipografia deveria servir a dois outros fins: honrar o texto pelo que ele é e honrar e contribuir com a sua própria tradição – a tradição da própria tipografia.
A tipografia é um dos elementos que mais influencia o caráter e a qualidade emocional de um projeto. Ela pode produzir um efeito neutro ou despertar paixões, simbolizar movimentos artísticos, políticos ou filosóficos, ou ainda expressar a personalidade de um indivíduo ou organização.
Fontes tipográficas variam, desde aquelas com letras claras e distintas que fluem facilmente diante dos olhos, e por isso são apropriadas para longas passagens de texto, até as mais dramáticas e atraentes, que chamam a atenção, e por esse motivo são utilizadas em manchetes e propagandas.
Hand Draw Vintage Alphabet de Shutterstock
A tipografia não é estática, e continua a evoluir. Muitas fontes atualmente em uso baseiam-se em faces de tipos criadas em períodos históricos anteriores. A iniciante indústria de impressão do século XV estabeleceu o uso de capitulares romanas (termo que será explicado no próximo artigo) e minúsculas carolíngias, como padrão de letra que é amplamente utilizado até hoje.
Bom meus caros Criativos, por hoje é isso, acho que já falei (escrevi) bastante, e você já deve estar com uma ideia bem clara do que é tipografia. Nos próximos posts irei falar sobre classificação de tipos, que escolher uma fonte para um projeto não é apenas correr a listas de fontes instalada no seu computador, e quem sabe até algumas curiosidades como o porquê de quase todo designer odiar “Comic Sans” e amar “Helvetica“.
Aguardem os próximos capítulos dessa história.
Até mais Criativos!
Referências bibliográficas
BRINGHURST, Robert. Elementos do Estilo Tipográfico. 2ª ed. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
AMBROSE, Gavin. HARRIS, Paul. Tipografia. 1ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.
Imagem capa “Retro Vintage Typography” de Shutterstock