Imagens de objetos ganhando novas funções pelas mãos de seus próprios donos estão pipocando na web e nas redes sociais e o termo DIY nunca foi tão comentado – talvez quando surgiu. Na TV não é muito comum o uso desse termo, mas desde os tempos da vovó eles estão lá.
Apesar de parecer novidade isso não é algo que surgiu agora. Com a tendência das pessoas de fazerem reparos em suas casas e pequenos projetos para baratear os custos durante as décadas de 1940 e 1950 nos Estados Unidos surgiu o termo popular “Faça Você Mesmo”.
O DIY prega que qualquer um pode fazer várias coisas sem precisar de um profissional, mas é necessário se busque conhecimento e métodos alternativos para cumprir a tarefa. (E agora a criatividade grita! risos)
- Quando vi alguns (muitos) “faça você mesmo” eu percebi algo que parecia conectar de algum modo a um movimento do design.
O DIY segue algumas filosofias do movimento do Arts& Crafts que defendia que as pessoas deviam fazer de forma artesanal os produtos – com isso teriam maior qualidade já que teriam peças bem acabadas – diferentes do processo em massa industrial promovido pela revolução industrial. Com o surgimento de fábricas e a “súbita necessidade” do povo em consumir, a preocupação inicial era produzir e a qualidade foi jogada em milionésimo plano.
O que me fez pensar que esses dois estão tão próximos é que ambos promovem a criatividade, estimulam a busca por soluções e a criação de poucas peças e únicas (mesmo que empregue a mesma técnica uma peça nunca será como a outra).
Também promovem o artesanato como uma forma alternativa para o não consumo de produtos feitos em escala industrial.
- Eu prefiro o pensamento menos extremo: uma forma de consumo mais responsável. Uma vez que você tem como criar a partir algo de outro(s) objeto(s) está automaticamente diminuindo o lixo e o desperdício (reciclagem) e gerando algo único e feito por suas próprias mãos. Não significa que você deixará de comprar coisas, mas ajudará a reduzir o consumo.
A diferença entre o Arts & Craft e o DIY é que no movimento Arts & Craft é necessário que a pessoa tenha conhecimento profundo na área escolhida. No DIY basta que a pessoa tenha conhecimento; não precisa ser um expert.
Em 1960 começaram a surgir catálogo de ferramentas. O designer J. Baldwin foi editor da Whole Earth Catalog.
Já em 1970 com os velhos e amigos vídeos cassetes surgiram as fitas de instrução DIY.
E por fim, com o advento da internet, em 1990 vários sites começaram a divulgar a cultura DIY.
A aplicação é extensa, assim como seus exemplos.
A cultura do “faça você mesmo” está ligada a muitos movimentos que não imaginamos como, por exemplo, a Cultura Punk. Surpresos? Eu fiquei.
Em 70 as bandas punk começaram a produzir suas próprias músicas e tudo mais (álbuns e produtos).
Exemplos de DYI:
• Aquele fanzine que você fazia com os amigos – ou que seus amigos faziam – de forma bem caseira, usando impressora, xerox, carbono (e coisas bem mais antigas… risos) é uma forma, assim como, publicação de revistas, desenvolvimento de cartões, convites.
• Sabe aquela customização de roupas e sapatos e bijus que as meninas amam? Também é uma forma do DYI.
• Gravação de músicas e criação de álbuns e materiais para bandas de forma bem caseira (fundo de quintal, mas vamos deixar claro que isso não significa que pode ser desleixado).
• Decoração da casa e pequenos reparos e melhorias.
• Produção de alimentos e já tem livros DYI para cozinhar.
• Vou adicionar na lista o silk, estamparia.
Também vi algumas aplicações mais curiosas como construção de circuitos eletrônicos musicais e máquinas que produzem sons de antigos brinquedos e o DYI (Computer) Science.
O DYI Science seria o uso open-source de hardware para criar equipamentos científicos para a ciência cidadã ou uma forma de baixo custo para ciência tradicional.
E para terminar, um passo a passo super rapidinho! ( E lembrando que todas as imagens levam aos seus respectivos sites e lá vocês acharam várias coisas legais!)
Até a próxima pessoal!
Boa semana e muita inspiração!
1 comment
Ótimo post.
Realmente o DIY é uma tendência muito presente em nossas vidas e atualmente está sendo amplamente difundido através da internet.
Nada como reaproveitar, utilizando a criatividade.
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